quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

MADRUGADA





Escrevi uma letra pobre e vasta
E não me sai da mente suas curvas
Que se rasga em blusa
E que por si basta

Caem incólume partidas antigas
Nesta sinuosa curva infinita
Não resta maldita
Nenhuma cantiga

E nesse verso pobre, modelo
Restam brumas destiladas
E sem arrependimento em sê-lo

Reencontrando talvez na madrugada
Sem lamento ou apelo
Ciclo feito, minha amada

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

REFAZENDO



REFAZENDO

É incomparável, a maneira que recebes cada adeus, na forma de 'até logo'
teu sorriso e tua forma de amar se fazem justa a cada despertar
de bela à presa, em cada, maldizer que te amo
mais, quando dizes que te adoro
tamanha beleza se fez plena na vontade de rememorar contigo a página virada
mas sei que algo nunca se apagará...
é tua vontade de ser feliz...
feliz mesmo, dando e retribuindo o amor que não se cobra
amor, que dá, recebe, dissemina
Vivo! Perpetuando cada sorriso que presenciei
como forma de um dia compartilhar os lapsos de felicidade
confessando, lentamente, que tais páginas nunca foram rasgadas, foram vividas
e sei que, como cabe em mim, espero que reverbere em ti
o amor vivido, esbanjado
ainda que não seja meu, que seja sentido, desprovido de impureza, no âmago fervente
e que, se assim não for, que tais páginas, ainda sejam lidas pra iluminar o despertar
de nossas almas... e que assim possamos dormir ... em paz...

NÓS


NÓS

VINGA-TE SEMPRE DO DESATINO,
A LIBERDADE ENCONTRADA EM VÓS,
SOIS COMO FRUTA QUE AMENIZA,
ESPERANÇOSAMENTE, A SEDENTA E AGONIZANTE
A VONTADE DE ESTAR AO TEU LADO

SOIS COMO MÚSICA, QUE SE HARMONIZA A CADA ENCONTRO,
COMO PELE, MAR QUE ACARICIA, ENCOSTA
MAS SEMPRE, SEMPRE SEMPRE, EM TU’ALMA
E NA LUZ ESVERDEJANTE QUE SE TRANSFORMA EM BRILHO TEU OLHAR
A CADA BREVE E VIBRANTE ENCONTRO

SOIS VÓS, SUOR VÍVIDO, LÍMPIDO, BRILHANTE E ETERNO
PRESSENTIMOS TIMIDAMENTE QUE NOSSA CANÇÃO NÃO DESTOA
REJUVENESCE NOSSAS ALMAS,
ENTRISTECE, INVEJOSAMENTE, AQUELES
QUE NÃO DESFRUTARAM, PECARAM
AO SEREM ILUMINADOS

PELA DÁDIVA SENTIDA
A CADA LÁGRIMA CAÍDA
PELA FEBRE DESVAIRADA, DESATINADA
QUE NOS MOVE À ESPERANÇA DE NUNCA DIZER ADEUS